Cadela resgatada do comercio cruel de filhotes em Londrina PR

Bianca
contato

A Pipoca é uma filhote de pitbull que até semana passada nunca tinha andado. Não porque ela tinha problema nas pernas, mas porque ela vivia presa em uma jaula minúscula. Ela estava à venda em uma loja de animais, mas não teve a sorte de ser levada logo. Foi crescendo, crescendo, e a gaiola ficando cada vez menor. Pipoca passou 5 meses dentro desta gaiola, sem nunca ter andado, em um porão escuro, sem nunca ter sentido na pele o calor do sol.

“Puxa, mas ela até que está bem nesta foto!” . Bem, a foto acima foi tirada após uma semana longe do inferno de onde saiu. A foto abaixo foi tirada no dia em que ela deixou o pet shop:

As patas estão deformadas, porque ela não conseguia andar dentro de sua jaula minúscula. Vendo-a neste estado, o dono da loja resolveu que ela não iria servir para nada, e pediu para que a assassinassem.

Por sorte isso não aconteceu e ela veio parar em nossas mãos. Depois de uma semana, ela já estava assim:

Não fizemos nenhum esforço hercúleo para deixá-la melhor: apenas água, comida, espaço para andar (as patinhas estão voltando a “se levantar” ), carinho e medicamentos.

Sim, ficamos revoltados. Mas ficamos ainda mais revoltados, porque sabemos que este não é um caso isolado. “Fabricantes de animais”, não gostam de animais. Eles só gostam do dinheiro que os animais proporcionam. A Pipoca é uma pequena amostra do que milhares de animais precisam suportar estando na mão de gente assim. E bem, ela ainda representa uma ínfima parcela dos animais que tiveram sorte.

Para cada filhote fofinho na vitrine do pet shop, existe uma Pipoca sofrendo no porão.

Pelas dezenas de milhares de Pipocas de todas as raças que sobrevivem em jaulas minúsculas dia após dia nas fábricas de filhotes, nos fundos de quintais, nas chácaras de fabricantes de animais, pelas Pipocas que são assassinadas e descartadas como lixo sem que nunca cheguemos a saber… nós pedimos:

Jamais compre , suporte ou apóie a venda de animais em pet shops, jornais, internet e feira de filhotes. Este comércio sujo irá acabar quando nós paramos de comprar.

A nossa Pipoca está em tratamento, será castrada e colocada para adoção (apenas Londrina-PR).

Interessados entrar em contato: contato

http://www.anda.jor.br/2011/03/01/cadela-e-resgatada-do-comercio-cruel-de-filhotes-em-londrina-pr/

Brechó em Prol dos Animais

AUmigos,

Iremos realizar em meados de abril um Brechó em prol dos animais. Estamos arrecadando donativos para a realização do mesmo.
Quem tiver roupas compradas, ganhadas que não agradaram muito ou produtos diversos em bom estado, o que puderem doar serão bem vindos…
Segue de exemplo alguns dos produtos que pensamos disponibilizar no brechó: roupas femininas, masculinas e infantis, calçados, cintos, bolsas, chapéus, bijouteria, enfeites, livros, CDs, DVDs, equipamentos diversos, equipamentos eletrônicos ( como celulares antigos, rádios…), objetos decorativos, bichinhos de pelúcia…

Os produtos arrecadados serão oferecidos a preços especiais e convidativos. A renda do Brechó será revertida em prol dos animais, em campanhas de castrações, medicações, vacinações e atendimentos emergênciais.
Agradecemos a todos o apoio e a solidariedade.
Caso possam colaborar deixo meu email para contato: carlamaduro
Que Deus lhes abençoe sempre.
[]’s
Carla

SOS REGIÃO SERRANA:
http://animaisdesabrigados.wordpress.com/
http://animaisdesabrigados.blogspot.com/

http://adocaocaes.wordpress.com
https://vidacachorro.wordpress.com
http://adocoesanimais.blogspot.com

-~

Clipping INR Bichos tambem se emocionam

Bichos também se emocionam

Foto da matéria

Clique para Ampliar

EM ATIVIDADES DE ZOOTERAPIA, os bichos apresentam a fluência comportamental. Sentimentos mais harmônicos e sutis em relação aos seres humanos
DIVULGAÇÃO

Clique para Ampliar

30/8/2010

O cérebro dos animais mamíferos não é tão diferente em relação ao dos humanos. Aceitar isto é um desafio atual

Fortaleza. Os animais não são máquinas insensíveis, movidas a estímulos como preconizou o filósofo Descartes. São seres com sentimentos, inteligência, memória, sujeitos a sofrimentos físicos e psíquicos. Assim defende a médica veterinária da Universidade de São Paulo (USP), Irvênia Luiza de Santis Prada, autoridade mundial na comunidade científica na área de Neuroanatomia Animal.

Ela afirma que, desde a década de 60, já está superado o pensamento que limita a capacidade dos bichos. Em recente palestra sobre as emoções dos animais, proferida durante o II Congresso Brasileiro de Bioética e Bem-Estar Animal, ela mostrou que espécies que vivem estressadas, presas ou maltratadas, acabam desenvolvendo males orgânicos. Estes podem se manifestar na pele, ou na forma de diarreias e úlceras, numa espécie de somatização. As chamadas doenças somatizadas não são "privilégio" dos humanos.

Ela contextualiza que a ciência sabe da manifestação da vida. E toda matéria viva é sensível a estímulos do ambiente. Todo ser vivo existe por meio do circuito estímulo-processamento-resposta. No caso dos animais, sejam humanos ou não, o processo prevê dois componentes, um subjetivo e outro objetivo. São as sensações e as emoções, respectivamente. No processamento, há o sentir. Já a resposta fica no âmbito das emoções. É quando o indivíduo, humano ou não, põe para fora o que sentiu a partir do estímulo recebido. Vale lembrar que a palavra emoção deriva do ex (para fora) e do moção (movimento).

"O animal percebe alguns estímulos no ambiente, que entram no seu organismo e vai até o cérebro. Ao processar, tem a sensação. Ao colocar para fora o que está sentindo, expressa a emoção. Por meio de sinais fisiológicos ou do comportamento, demonstra o que está sentindo. Daí compreendermos que a emoção é uma experiência objetiva e sensação, uma experiência subjetiva", explica ela. Isto coloca desafios para as áreas da ciência e todas as atividades humanas que são relacionadas aos animais.

Cérebro trino

Com base nos estudos do pesquisador Mac Lean, a veterinária aponta que se pode identificar a existência do chamado cérebro trino no ser humano, que equivale a três cérebros, cada um correspondente a uma etapa evolutiva diferenciada e fundamental. A mesma estrutura observa-se em alguns mamíferos. Na parte mais profunda, há o Complexo Reptiliano, com funções neurais básicas relativas à reprodução e auto-preservação, regulação cardiovascular e respiratória, comportamento agressivo, demarcação territorial, entre outras. Nos peixes, anfíbios e répteis, é praticamente esse encéfalo o existente.

Na segunda parte do encéfalo, ainda considerando Mac Lean, a pesquisadora aponta o Sistema Límbico, correspondente a estruturas relacionadas à expressão de comportamento acompanhados de emoção. São as emoções primárias básicas, relativas aos comportamentos de auto-preservação e perpetuação da espécie, manifestados por medo, raiva, prazer e outros. Irvênia Prada mostra que o Sistema Límbico circunda o complexo reptiliano e mostra-se bem em todos os animais mamíferos. Por fim, envolvendo as duas primeiras partes, vem o Neocortéx, um complexo de diferentes funções, tornando-se progressivamente mais desenvolvido nos mamíferos mais evoluídos como o ser humano, chipanzés e golfinhos.

No Neocórtex se observam regiões chamadas lobos: fontal, relacionado à deliberação e regulação de ações e comportamentos; pariental, responsável pelo intercâmbio de informações com o restante do corpo; temporal, ligado à noção espacial e algumas funções associativas complexas, como memória; e occipital, relacionado à visão. Segundo Irvênia Prada, a diferença entre os cérebros dos seres humanos e dos demais animais mamíferos dá-se mais em termos de proporção entre as partes. "Em todos os mamíferos, a organização do cérebro é a mesma do ser humano. O cérebro inicial tem uma representação avantajada, o córtex sensório-motor também, mas a área pré-frontal é menos desenvolvida e varia de dimensão nas diversas espécies animais. Nos primatas e golfinhos, ela já se mostra bem desenvolvida".

Ela explica que, na expressão do comportamento, por meio do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), há dois aspectos: a fluência e a disfluência comportamental. Na primeira, os animais exteriorizam atitudes mais harmônicas, como se observa nas atividades de zooterapia com cavalos e cães entre crianças e idosos ou o cão-guia acompanhando cegos. Na disfluência, os bichos expressão profundo mal-estar. Organicamente apresentam respiração acelerada, músculos tensos, pupilas dilatadas, secreções de hormônios do estresse como adrenalina e cortisol, além de picos de pressão arterial. Assim são as cenas de animais brigando ou sendo maltratados em vaquejadas, rodeios ou outras situações comprometedores do seu bem-estar. Na disfluência comportamental, estão em ação estruturas do Sistema Límbico. Já nos momentos de fluência, que requerem atitudes mais elaboradas, até sutis, entra em ação os circuitos do Neocórtex.

Assim como os seres humanos, os bichos também ficam sujeitos a distúrbios mentais que são somatizados no corpo. Ela cita o caso de uma cadela que atuou no Iraque como farejadora de bombas. Após três anos de trabalho, o animal expressou transtornos pós-traumáticos, semelhantes ao verificados nos humanos.

"A visão cartesiana está ultrapassada. Coloca-se um desafio para os cientistas, a sociedade, todo mundo que trabalha com espetáculos para diversão humana, pesquisas em laboratório, das pessoas que trabalham com produtos alimentícios de origem animal. Devemos enxergar o animal como um ser que sofre. Não precisamos perguntar se eles têm cérebro, se têm consciência. Basta perguntar se eles sofrem. Isto já é um forte indício de que o ser humano tem que mudar sua atitude em relação aos animais. Eles sofrem, não só fisicamente, nas lesões orgânicas. Sofrem transtornos mentais também".

Inteligência
"Os animais são seres inteligentes e com sentimentos"
Irvênia Prada
Médica Veterinária

Lobos cerebrais

4 áreas compõem o encéfalo nos mamíferos. São os lobos cerebrais frontal, pariental, occipital e temporal. O encéfalo é formado pelo cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico

MAIS INFORMAÇÕES
Irvênia Prada nos livros "A Alma dos Animais" e "A Questão Espiritual dos Animais"
irvenia @yahoo.com.br

Valéria Feitosa
Editora do Regional